O resultado está na pesquisa QUAC - BR, Questionário de Avaliação de Corredores - Brasil, a maior já realizada no país com o perfil do corredor amador brasileiro.
O estudo avaliou 7.731 corredores, homens e mulheres, com idades entre 19 e 77 anos. "A pesquisa é um retrato de como o corredor amador desenvolve essa atividade e os reflexos na sua saúde", avalia o ortopedista Rogério Teixeira, vice-presidente do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, coordenador do estudo.
A pesquisa QUAC-BR foi realizada pelo NEO - Núcleo de Estudos em Esporte e Ortopedia, também coordenado pelo médico.
A pesquisa QUAC-BR foi realizada pelo NEO - Núcleo de Estudos em Esporte e Ortopedia, também coordenado pelo médico.
Corredores não procuram ajuda ao se lesionarem
De acordo com a pesquisa QUAC - BR, 71,2% dos entrevistados declararam já ter tratado algum tipo de dor em decorrência do treino sem procurar ajuda médica para solucionar o problema.
Desse total, 30,6% admitiram ter feito uso de anti-inflamatórios por conta própria para controlar a dor e 45,9% utilizaram apenas gelo no local.
Outros 42% resolveram interromper temporariamente o treino, o que também não é indicado, como forma de controlar dores constantes.
"O corredor não procura um profissional habilitado antes de iniciar o treino e também não vai ao médico quando sente dor", diz Teixeira. "O risco de lesão é muito grande", completa.
Segundo o estudo, 53,1% dos entrevistados disseram já ter sofrido uma lesão que o obrigou a procurar o médico por conta do treino.
"A dor é o grande sinal de que algo está errado. E as pessoas simplesmente ignoram o alerta e continuam treinando assim que se sentem melhores", afirma Teixeira.
"Depois disso, o que acontece, na maioria dos casos, é uma lesão muito mais complexa para o tratamento", diz. Entre as lesões mais comuns relacionadas ao treino estão fraturas por estresse, lesões no menisco, tendinites, canelites e inflamações.
Entenda o estudo sobre a dor ao correr
Foram entrevistados pela internet 7.731 corredores que fazem parte do mailing da Corpore, entidade sem fins lucrativos que estimula a prática do esporte em todo o país. Homens e mulheres, entre 19 e 77 anos, participaram da pesquisa.
O estudo é o maior já realizado no país com validação científica sobre o perfil do corredor amador brasileiro.
Principais resultados do estudo
- 66,3% das pessoas que praticam regularmente a corrida de rua têm entre 30 e 49 anos;
- 33,8% praticam a corrida de 2 a 5 anos;
- 62,3% treinam sem qualquer tipo de supervisão;
- 89,3% correm até 10 quilômetros na média semanal;
- 37,8% praticam o esporte três vezes por semana.
A dor no corredor brasileiro
- 71,2% declararam ter iniciado tratamento para dor em decorrência do esporte sem procurar um médico;
- 53,1% já tiveram alguma lesão em decorrência da corrida que os obrigaram a procurar um médico;
- 30,6% deles admitiram ter utilizado um anti-inflamatório para controlar a dor sem prescrição médica;
- 45,9% dizem colocar apenas gelo no local quando sentem dores decorrentes da corrida;
- 42,1% afirmaram ter interrompido temporariamente o treino por conta da dor.
- 22% relatam ter dores na perna após o treino;
- 18,5% admitem sentir dores no joelho após correr.
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